quinta-feira, 15 de julho de 2010

EM MIM

lá fora faz frio.
aqui dentro; calor.

a friagem humana não me abala.
o frio da rua não me penetra.

sou sempre toda amor
viro o rosto pra qualquer dor

não a sinto, dela rio.
ante a mim fica calada.

não sou robo; cyborgue sem emoções
deixo rolar, não calculo minhas ações

sou vinho, sou beijo, sou festa.
recuso o amargo, o azedo e o fel.

minha lua? crescente ou cheia.
se minguante, ponho mel.

ando devagarinho, espiando pela fresta
corro veloz e salto segura pro meu ninho

de problemas, eu fujo
de quem joga, fujo também
pois jogo, só há o sujo
falo de coisas da vida e mais além...

Nenhum comentário:

Postar um comentário